Entenda o hype desse novo universo virtual, aposta do mercado para criar nova conexão social.
Por Danielle Tanimoto, estudante do 6°período Design no UniBH
O metaverso ganhou grande popularidade quando o criador do Facebook falou sobre os planos futuros da companhia, que seria a criação de um espaço no metaverso que incentivou também a mudança do nome para Meta.
Mas o que seria o metaverso? A definição geral seria um espaço virtual de interação do usuário com auxílio de aparelhos que replicam a realidade.
Ao contrário do que muitos pensam, esse universo não foi criado pelo famoso Mark Zuckerberg. Na verdade, esse termo foi citado inicialmente no livro “ Snow Crash”, publicado no ano de 1992, do autor Neal Stephenson. A história narra a vida de um entregador de pizza que é um príncipe samurai no metaverso.
Existem outros universos com o mesmo princípio de criar ambientes digitais que buscam unir o real ao virtual, como os jogos “ Second Life”,“Fortnite” e“Robolox”.
O questionamento é por que, justo agora, essa tal notoriedade? A resposta é que, devido à pandemia provocada pela Covid-19, as empresas de tecnologias foram impulsionadas à evolução, e o que demoraria 10 anos foi feito em 1 devido às altas demandas do isolamento que forçaram as pessoas consumirem de forma mais digital.
Como resultado vemos, no dia a dia, a maioria das empresas se adequarem ao home office e os comércios passando para plataformas online.
No discurso do CEO do Meta, ele diz que o metaverso será um “novo capítulo da internet e da conexão social”. Ou seja, os usuários terão experiências voltadas ao 3D, com foco na construção de espaço e na realidade aumentada.
“No metaverso, você será capaz de fazer quase tudo que você possa imaginar – reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar – bem como ter experiências completamente novas que realmente não se encaixam em como pensamos sobre computadores ou telefones hoje.”
É notável que o CEO do Meta tem planos grandiosos para o metaverso. Para ele, tal universo é muito mais do que unificar dois mundos através de plataformas ou jogos. Ao que tudo indica, a ideia é ir além.
Se preparem que isso parece só o começo de uma nova era. Será que os dias de Black Mirror estão mais perto do que imaginamos?
O intrigante é que a cada dia vemos empresas grandes fazendo investimentos milionários para construção desses ambientes e que o metaverso virou novo entretenimento. Há uma fascinação pelo universo não explorado e cheio de possibilidades. Quem não ficaria seduzido?
Acredito que esse encanto se dá por dois anos de isolamento e estamos ansiosos para ter todo tipo de experiências, mas a realidade é que estamos enfrentamos crises econômicas e números altos de populações em extrema pobreza.
Para algumas pessoas, parece ser mais agradável sonhar com um futuro distópico em que colocamos um óculos e somos transportados para um universo em que podemos ser o que quisermos, do que ver pessoas morrendo por fome.
Será que o futuro será focado em um isolamento do real para busca de um futuro romantizado em que dependemos de auxílio de máquinas para quase tudo? Isso me parece com algum filme.