Produtos afro e empresariado negro

Maior debate sobre representatividade acarreta em mudanças nos hábitos de consumo, dá origem a novos movimentos sociais e obriga marcas a se movimentarem

Por Emannuelly Gomes e Mariana Costa

Um vídeo divulgado no final do mês de maio causou uma onda de indignação e reacendeu os debates sobre racismo nos Estados Unidos. Nas imagens, um homem negro reclama de não conseguir respirar, enquanto um policial branco está ajoelhado sobre o pescoço dele. George Floyd, um afro-americano de 40 anos, morador da cidade de Minneapolis, é mais uma vítima da maneira violenta com que a polícia dos Estados Unidos trata negros suspeitos de cometerem crimes. George morreu, e este não foi o único caso.

Em março, Breonna Taylor, de 26 anos, foi morta em uma troca de tiros com policiais, dentro de seu apartamento, na cidade de Louisville, no Kentucky. Essas duas mortes provocaram grandes e violentas manifestações contra a crueldade policial diante da população negra americana. E os protestos se espalharam pelo mundo.

No Brasil, os casos de racismo se multiplicaram. João Pedro Mattos, de 14 anos, foi morto durante uma operação policial na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. O corpo do jovem foi levado pelos policiais e a família passou 17 horas sem saber seu paradeiro. Já Miguel Otávio, de 5 anos, morreu ao cair do 9° andar de um prédio de classe média alta no Recife. O menino estava aos cuidados da patroa de sua mãe, enquanto ela passeava com o cachorro da família para qual trabalhava.

Esses casos se somam ao do motorista Matheus Pires, vítima de ofensas racistas ao fazer uma entrega, em um condomínio de luxo, na cidade de Valinhos, interior de São Paulo. E ao da juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1a Vara Criminal de Curitiba, que citou a raça do réu como justificativa para condená-lo por fazer parte de uma organização criminosa.

RACISMO ESTRUTURAL

Segundo o advogado e professor Sílvio de Almeida, em seu livro Racismo Estrutural, esse fenômeno é “um processo histórico e político em que as condições de subalternidade ou de privilégio de sujeitos racializados são estruturalmente reproduzidas”. Para ele, em sua concepção estrutural, o racismo é tratado como “normalidade, funcionando tanto como uma ideologia quanto como uma prática de naturalização da desigualdade”. Portanto, colocar pessoas negras em posição de inferioridade seria um comportamento considerado normal na sociedade. E os casos recentes, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, confirmam essa percepção.

No entanto, existem alguns movimentos que pretendem vencer o racismo estrutural e ressignificar o lugar da população negra na sociedade. O objetivo é empoderar negros e fazer com que eles encontrem alternativas para quebrar o ciclo de preconceito e discriminação a que são submetidos durante séculos de exploração.

“PADRÕES SUBALTERNOS”

“Cabelo ruim. Cara de empregada. Nega maluca. Cara de bandido. Nariz de batata. Nega feia. Coisa de preto. Essas são algumas palavras e expressões diretamente ligadas às pessoas negras no Brasil”. É assim que começa o vídeo ‘Um novo olhar sobre a pessoa negra’, o TEDx de Gabi Oliveira no YouTube, com mais de 200 mil visualizações. A comunicadora social e youtuber é dona do canal De Pretas, que conta com cerca de 224 mil inscritos.

Ela relembra que, nos anos 80 e 90, as referências das meninas eram as apresentadoras infantis Xuxa, Angélica e Eliana. Esse era o padrão de beleza a ser seguido e alcançado. Já as pessoas negras eram sempre representadas pelos mesmos estereótipos: a empregada que está servindo aos patrões, o escravo, o bandido, o menino de rua abandonado, a barraqueira da comunidade. Todos eles reforçados pelo mito da democracia racial em que, devido à miscigenação, o racismo não existiria no Brasil.

Gabi descreve a difícil tentativa de se adequar a esses padrões na infância, quando costumava colocar um pregador de roupas no nariz, durante algumas horas por dia. Para ela, seu nariz não era considerado bonito. “O que eu escutava era: nariz bonito, é nariz fino. Cabelo bom, é cabelo liso”, diz.

O que Gabi e outros youtubers, como Nátaly Neri e Spartakus Santiago, questionam não é a falta de representatividade de pessoas negras na televisão, mas sim a forma como elas eram representadas. Sempre por meio de estereótipos e nas mesmas posições subalternizadas em relação aos brancos.

Divulgacão da série Ununtu, da TV Brasil. Foto: Fernando Frazão – Agência Brasil.

Eles acreditam que, para iniciar uma mudança, seria necessário um esforço, muito insistente, de representação de negros em outros lugares na sociedade. É preciso construir uma narrativa inovadora, impactando positivamente as pessoas e causando uma transformação social. As pautas dos vídeos destes criadores de conteúdo não se limitam ao racismo, eles falam sobre maquiagem, relacionamentos, viagens, alimentação, moda, música, comportamento. “Porque nós existimos e para além do racismo e dos estereótipos que nos foram impostos”, enfatiza Gabi. E as transformações já podem ser observadas em alguns hábitos de comportamento e consumo da população negra nos últimos anos.

PRODUTOS AFRO

Em 2017, pela primeira vez na história, pesquisas na internet relacionadas a cabelos cacheados superaram as buscas por cabelos lisos no Brasil. Os dados são do Google BrandLab e apontam um crescimento de 232% no interesse por cabelos cacheados e 309% nas pesquisas por cabelos afro nos últimos anos. O estudo mostra ainda que 24% das mulheres de 18 a 24 anos reconhecem seu cabelo como cacheado. Porém, quanto mais avançada é a idade da mulher, mais difícil é assumir os fios naturais.

“É sim uma tendência muito grande as mulheres assumirem os cabelos naturais, tanto em relação a alisamentos, progressivas, quanto em relação a assumir os fios brancos. Existe um movimento muito grande pelos cabelos naturais mesmo. Porém, a mulher negra que alisa o cabelo está sendo ‘marginalizada’ porque não assume a negritude em relação ao cabelo afro, cacheado”, reflete a cabeleireira Sarah Lemos.

O YouTube é apontado como um dos principais responsáveis pela tendência de as mulheres mais jovens quererem assumir seus cabelos naturais e deixarem de recorrer ao alisamento. Muitas youtubers começaram movimentos de apoio aos cachos, fazendo com que a indústria de cosméticos tivesse que correr atrás para oferecer produtos para os inúmeros tipos de cabelos cacheados e crespos. Segundo o Google BrandLab, as buscas por transição capilar – o processo de abandonar os alisantes químicos e assumir os cachos naturais – cresceram 55% no Brasil nos últimos quatro anos.

Atualmente, diversas marcas de produtos para cabelos, desde as mais caras e sofisticadas, como a Kérastase, até as populares, têm uma linha específica para cabelos crespos e cacheados. A Salon Line, por exemplo, possui linhas exclusivas para cabelos cacheados, crespos ou em transição capilar, com produtos ideais para cada tipo de curvatura. Já a Seda lançou o movimento ‘Sonhos incríveis demais para não serem realizados’, com o objetivo de valorizar as diferentes curvaturas de cabelo, mostrando que, além de explorar as possibilidades com ele, as meninas também devem explorar novas possibilidades de sonhar. E a garota propaganda escolhida pela empresa para estrelar a campanha é Gabi Oliveira.

“A indústria cosmética também cresceu muito em relação a produtos para cachos e para cabelos grisalhos. Hoje em dia, o mercado para esses tipos de cabelo está muito amplo. São cremes, óleos, shampoos, hidratações específicas para cabelos cacheados. A maioria das marcas têm linhas específicas para todos os tipos de cachos e curvaturas”, reafirma a profissional Sarah Lemos.

A cantora Rihanna é outra que está contribuindo para transformar e democratizar o mercado da beleza. Em 2017, ela lançou a Fenty Beauty, sua linha de cosméticos, com 40 tons de bases e corretivos. Hoje já são 50. Seu objetivo é beneficiar pessoas que já passaram por situações semelhantes às dela: de não encontrar cores correspondentes ao seu tom de pele entre os produtos de beleza.

Já a também cantora, e publicitária de formação, Iza, é a nova diretora criativa e embaixadora da Olimpukus, maior marca de produtos esportivos do país. Ela vai participar da elaboração das campanhas da marca, além de ser responsável pelo desenvolvimento de uma coleção que chega ao mercado em março de 2021, mostrando que a representatividade negra está mesmo em alta.

EMPRESARIADO NEGRO

O estudo Empreendedorismo Negro no Brasil 2019, realizado pela PretaHub, uma aceleradora voltada para este público empreendedor, em parceria com JP Morgan e Plano CDE, traçou o perfil do empreendedor negro brasileiro: a maioria identifica-se como pardo (81%), é mulher (52%), tem menos de 40 anos (69%), mora nas regiões Sudeste (40%) ou Nordeste (31%), estudou até o Ensino Médio (49%) e possui renda familiar de até R$ 5 mil (37%).

Já uma pesquisa realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), mostrou que 49% das empreendedoras negras no país abriram as suas empresas por falta de oportunidade de trabalho e são as que menos faturam com os seus negócios. Acesso a crédito, gestão financeira e falta de apoio no planejamento do negócio são alguns dos principais desafios enfrentados. Além disso, 32% desses empreendedores já tiveram crédito negado sem explicação, de acordo com estudo feito pela PretaHub.

A professora, pesquisadora e editora Íris Amâncio se encaixa um pouco nesse perfil. Embora tenha começado a expandir seu negócio por uma necessidade de outra ordem que não a financeira. Desde o final dos anos 1990, ela trabalha como pedagoga, na formação de professores, além de exercer atividades de militância negra, palestras e formação de um coletivo nas periferias.

Nesta mesma época, junto com a amiga Rosa Margarida, sentiu a necessidade acadêmica de ter e disponibilizar publicações de autores negros, africanos e de vários outros países. “Percebemos que, em termos de estudos acadêmicos, nós tínhamos acesso somente à cópia da cópia. Um docente chegava para assumir uma disciplina e levava cópias de obras raríssimas, em inglês, não tinha tradução”, conta.

As duas decidiram, então, abrir uma livraria que reunisse vários títulos que eram indisponíveis para elas e demais colegas, estudantes e pesquisadores. Em 2006, inauguraram uma pequena livraria na Savassi, área nobre de Belo Horizonte, chamada Nandyala. O termo é da etnia Nyaneka-Humbi, do sudoeste de Angola, e significa “nascido em tempo de fome”. A origem tem inspiração na tradição oral africana, em que o ser que nasce recebe um nome que corresponde às condições do nascimento. “E, como nessa época, Rosa Margarida e eu estávamos muito animadas, com uma vontade incontida que nos levou a abrir o negócio, escolhemos o termo”.

A ideia inicial era, em 10 a 15 anos, com trabalho e acumulando capital, começar a editar livros. No entanto, em 2007, elas foram procuradas por uma escritora negra da Guiné Bissau que precisava ter suas obras publicadas no Brasil. A guineense seria conferencista em um congresso na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e não tinha exemplares para apresentar. Para colaborar com a escritora, Íris e a sócia buscaram parcerias com editoras que quisessem publicar os livros da conferencista. No entanto, encontraram dificuldades. A editora demonstrou interesse, mas faltando 15 dias para o evento, desistiu. “Ah não. Vai ser uma furada porque esses africanos não vendem”, relata Íris sobre o que ouviu como justificativa.

Não querendo deixar a amiga na mão, elas assumiram a publicação. A obra foi lançada e o sucesso foi imediato. Os mais de mil inscritos no evento se encantaram com a publicação e passaram a querer publicar pela Nandyala. “Nosso trabalho de edição surgiu colaborativo, para poder garantir que uma escritora negra e africana pudesse ter a sua obra disponível, circulando no Brasil. E mantivemos esse propósito para o projeto editorial. É perfil da Nandyala, editar autoras e autores negros que não tenham trânsito no mercado. Ao mesmo tempo consideramos grandes talentos intelectuais que o grande mercado desperdiça”, explica.

Portanto, a editora não surge a partir de uma decisão prévia, com plano de negócios, buscando investidores anjo e ser um nicho de mercado. “A nossa origem não foi e não é mercadológica, comercial. Nós começamos a partir de uma militância antirracista e avançamos da condição de livraria para editora em uma perspectiva bastante colaborativa”. Atualmente, as obras publicadas pela Nandyala circulam não só nacional, como internacionalmente. “Leitores de países africanos de língua portuguesa, pesquisadores dos Estados Unidos, França e outros países europeus e da América Latina adquirem as nossas publicações. E isso é motivo de muita satisfação para nós”. Com 14 anos de atividade, os princípios e ideias iniciais se mantêm. Porém, Íris conta que ela e a sócia enfrentaram dificuldades.

“Nós não éramos empresárias e tínhamos um negócio. E não tínhamos nem visão empresarial. Foi um momento de dificuldade interna, pessoal. Mas a principal dificuldade da Nandyala como empresa é se posicionar no mercado como um todo. É uma dificuldade natural de toda empresa pequena, já que o mercado se impõe com sendo só para os grandes. Mas a Nandyala nunca dependeu desse grande mercado para funcionar”, explica.

Íris destaca que tiveram muito apoio do Sebrae, que inclusive chegou a procurá-las para saber mais sobre empreendedorismo negro ou afroempreendedorismo. E ela confessa que não gosta do termo. “Em relação à nossa história social de negras e negros no Brasil, nós sempre fomos empreendedores. Se estamos vivas e vivos até hoje, depois de toda essa trajetória, dessa experiência absurdamente violenta, chocante e dramática que foi a escravidão das pessoas negras, (…) todo mundo deslocado das suas terras de origem. Acaba revelando historicamente a força, resistência e, ao mesmo tempo, um potencial muito grande para se reinventar(…), sempre pensando na perspectiva do que fazer, como construir, como gerar, produzir e viver, com qualidade”.

Diante disso, a editora questiona o uso do termo empreendedorismo negro, preferindo adotar empresariado negro. Ela acredita que esse termo não pode ser visto como uma forma de empoderamento da população negra. “Quando houver política efetiva de colaboração e de consolidação das práticas comerciais negras, para que esses empresários consigam estruturar as suas empresas, aí sim vamos poder falar de empoderamento da população negra. Em termos de relação de poder, esses que são chamados de empreendedores negros vão ficar eternamente fazendo feira? Montando seus estandezinhos aqui e ali nos eventos? E isso é empreendedorismo negro: vai pra mídia e fotografa, filma, entrevista, todo mundo se sente bem, porque está em evidência. Mas a meu ver é muito questionável”.

Íris ressalta também que a pandemia deixou essa contradição mais evidente. Os empresários negros enfrentam dificuldades em conseguir crédito e investimento para seus negócios. “Nós não podemos cair nessas situações que acabam sendo um pouco dissimuladoras de uma realidade que é a realidade do racismo. E nós não recebemos as mesmas opções de empréstimos e financiamentos que empresários brancos, simplesmente pelo fato de sermos negros. Isso é racismo”.

Por Matheus Rocha.

 

AFROFUTURISMO E ANCESTRALIDADE

Wakanda para sempre! Se você assistiu ao filme Pantera Negra, de 2018, com certeza conhece essa saudação. O longa é um autêntico representante do afrofuturismo para o grande público, abordando a cultura e ancestralidade africanas, com embates sociais, por meio da ficção científica. Mas, afinal, o que é afrofuturismo, como ele surgiu, que outras obras fazem parte do movimento e qual a sua importância para a discussão do racismo na sociedade do século XXI?

O afrofuturismo é um movimento estético, social, cultural e político que mistura elementos de ficção científica com história, fantasia e temáticas afrocêntricas, tendo o negro como protagonista. O objetivo do movimento é retratar os dilemas vividos por essa população, além de interrogar eventos históricos relacionados ao racismo global.

O termo foi usado pela primeira vez pelo crítico cultural Mark Dery, em 1994, quando publicou um ensaio chamado Black to the Future. Nele, Dery descreve as características comuns entre ficção científica, música e arte afro-americanas e apelidou o fenômeno de afrofuturismo. Porém, muitos estudiosos concordam que, já na década de 1950, existiam produções afrofuturistas, apesar do gênero ter ganhado força apenas nos anos 1990.

O livro Invisible Man, de Ralph Ellison, publicado em 1952, é considerado o primeiro marco do movimento. Na obra, o autor critica as previsões tradicionais para o futuro dos negros nos Estados Unidos, embora não ofereça aos leitores um futuro diferente para se imaginar. Já na música, o pioneiro foi Sun Ra que, em meados da década de 1950, usava títulos afrocêntricos e temas ligados à cultura africana antiga, especialmente do Egito, com a vanguarda da era espacial, em suas canções. Em 1975, George Clinton reviveu a cultura afrofuturista, apresentando-a ao grande público por meio de sua banda Parliament-Funkadelic. Os dois artistas criaram visuais próprios, como extraterrestres que resgatam negros americanos das naturezas opressivas da Terra.

A modelo, atriz e cantora Grace Jones é outro ícone da estética afrofuturista, assim como o hip-hop do Africa Bambaataa. No Brasil, os representantes do movimento são a banda de manguebeat Nação Zumbi e as cantoras Ellen Oléria, Karol Conka e Gabi Amarantos.

Atualmente, uma nova geração de artistas incorporou o afrofuturismo na música, na moda e no audiovisual. As cantoras Beyoncé e Solange Knowles, Rihanna, Erykah Badu, Missy Elliot e Janelle Monáe são algumas das responsáveis por trazer a temática para a cultura pop, já que costumam usar essa influência na identidade visual de seus shows, clipes e figurinos. Outra grande figura é o astrofísico Neil deGrasse Tyson, personalidade na área da ciência e apresentador da série Cosmos: Uma Odisseia no Espaço, releitura da série original apresentada por Carl Sagan em 1980.

Movimento semelhante pode ser visto na prateleira das livrarias. William Hayashi é autor da trilogia Darkside, que narra a história de afro-americanos que viviam secretamente na Lua desde antes da chegada da missão Apollo 11. No Brasil, Fábio Kabral é autor do romance O Caçador Cibernético da Rua 13, que mescla crenças do candomblé em um planeta com tecnologia avançada que lembra a Wakanda de Pantera Negra.

O longa, aliás, é o exemplo mais relevante do afrofuturismo atualmente, ao lado do álbum visual Black is King, da cantora Beyoncé. O filme mistura fantasia, tecnologia e ciência com questões raciais, sociais, políticas e econômicas, tendo o negro como ponto central da trama. Muito mais do que uma obra de entretenimento com estética afrofuturista, o longa proporciona reflexões importantes em uma sociedade que ainda tem racismo e segregação racial como pautas. Além disso, Pantera Negra destaca a representatividade e visibilidade da população negra no cinema. Heróis e líderes negros são retratados com profundidade na tela, algo incomum nas histórias de Hollywood. De acordo com um relatório da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, os negros representavam apenas 13,6% do elenco dos filmes de maior bilheteria em 2017, e geralmente em papéis ligados ao crime ou subserviência.

https://soundcloud.com/cacauunibh/jornal-impressao-ed-215-empresariado-negro

 

Se você ficou interessado em saber mais sobre o assunto, preparamos uma playlist cheia de vídeos sobre o tema para você, acesse clicando aqui.

 



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