Por que esses dois conceitos devem andar de mãos dadas?
Por Bianca Esteves, estudante do 7° período de Publicidade e Propaganda no UniBH.
Que a sociedade é repleta de corpos, com raças, gêneros e tipos de cabelo diferentes, você já sabe, mas você já pensou em como a representatividade reflete na valorização das marcas?
De início, é importante refletir se a sociedade se vê representada na Publicidade nos últimos anos. Afinal, ela está em todos os lugares: reflete comportamentos, tem o poder de informar e influenciar pessoas.
Uma pesquisa feita pela Heads Comunicação, em 2017, mostrou que 65% das mulheres não se sentem representadas nas propagandas. Na televisão, apenas 1% das mulheres possuem cabelos crespos, enquanto no Facebook esse número sobe para 6%. A pesquisa mostra também que 21 milhões de reais são investidos em mídias que reforçam estereótipos de gênero. A partir desses dados, vemos a quão escassa é a representatividade nesse período de tempo.
Já voltando para o momento pandêmico, em um contexto de passeatas antirracistas, a pesquisa Edelman Trust Barometer, feita em 2020, mostrou que 52% dos brasileiros optaram por usar marcas que possuem um posicionamento em relação à sociedade.
Vemos, então, que muitas empresas se envolvem nas causas, gerando renda para a comunidade LGBTQIA+, população negra, mulheres e pessoas gordas. Junto a isso, vemos que as marcas que decidem seguir essa representação em sua trajetória são recebidas de braços abertos pelas pessoas.
JEEP
Um exemplo disso é a Jeep, que tinha o hábito de retratar, em suas campanhas, homens, majoritariamente. Em parceria com o Facebook, eles exibiram dois filmes mostrando como mulheres e homens podem ser aventureiros desde pequenos, da mesma forma. Logo em seguida, os números de lembrança e alcance da empresa cresceram. Sendo 28 pontos em lembrança de marca, 6 pontos adicionais em lembrança de anúncio na categoria feminina e 7 pontos de associação de mensagem.
FENTYxSAVAGE
Além de cantora e atriz, Rihanna é empreendedora, e conquista alcance com sua marca de maquiagem e de lingerie: a Fenty. Em todas as coleções de lingerie, a empresária traz diversos tipos de representatividade, tais como diversidade de raças, corpos, sexualidade, gênero e idade. Também vemos a mulher grávida sendo representada por uma marca de roupas íntimas.
Em uma de suas entrevistas para o canal de comunicação E! News, ela afirmou: “as mulheres são as pessoas mais fortes do mundo. Nossos corpos sozinhos são feitos para fazer tantas coisas diferentes e eles são projetados de maneiras diferentes e únicas. Já é hora de celebrarmos isso”.
Vemos, então, que em todos os nichos a representatividade faz diferença. Se enxergar como corpo em uma peça de roupa íntima é se sentir parte.
Disney/Pixar
A Disney/Pixar, atualmente, também vem inserindo a representatividade em seus filmes e desenhos animados. E esses desenhos fazem sucesso entre as crianças e adultos. Desta forma, cenas como essas enchem nosso coração de amor.
Viu só como investir em diversidade na propaganda traz pontos ao favor de qualquer empresa? É importante pensar no momento em que vivemos, em que pessoas estão lutando pelos seus direitos e por visibilidade. E aí, já começou a pensar nas estratégias que envolvam diversidade para a sua empresa?