E AÍ? JÁ CURTIU ALGUM LUGAR? ENTÃO SEGUE VIAGEM, QUE TEMOS MAIS UM CADINHO PARA MOSTRAR.
O nosso próximo ponto de encontro é ligado a jogos. Se você é daqueles que adora uma competição, comida temática e bons drinks, apresento o Funtasy Bar e Jogos, localizado na rua Tomé de Souza, bairro Savassi. Com a proposta de ser um lugar de diversão, o local conta com mais de 700 opções de jogos de tabuleiros, e você pode escolher jogar no local ou alugar para se divertir em casa, além disso, o espaço conta com explicadores de jogos que ajudam na escolha do jogo e ensinam a jogar.
Mas, caso o Funtasy esteja cheio, não fique triste. Ali pertinho, no bairro Santo Antônio, na rua Antônio Dias, está o LudoCafé, também um espaço de tabuleria. A cafeteria une a diversão dos jogos com um ambiente aconchegante e intimista. “Escolhemos esse imóvel porque ele nos permite criar várias salas”, diz o sócio-proprietário Renato Oliveira. “Assim, podemos abrigar tanto grupos maiores e mais barulhentos, quanto casais a procura de uma noite a dois.” Cada jogador paga 10 reais pelo aluguel dos jogos e pode escolher qualquer uma das 130 opções disponíveis. O local também conta com explicadores.
Mas não só de cerveja vivem os mineiros, por trás de cada bar existe uma história e, aqui, apresento o Fundos da Floresta, um espaço mágico! Com a temática de fadas, bruxas, duendes e gnomos, no meio do Santa Tereza, na rua Paraisópolis. Desde a adolescência, Humberto Gonçalves de Souza, de 53 anos, graduado em Ciências Biológicas, tinha o desejo de ter um bar, mas algumas tentativas não vingaram. Foi com seus 38 anos, sentado no quintal de sua nova residência, observando os cogumelos que nasciam, ao ouvir no rádio a música “O vira”, dos Secos e Molhados – que falava de sacis, fadas e uma noite na floresta que decidiu criar o seu novo bar. O nome veio de uma reportagem feita por um jornalista do bairro. “No final do século XIX, o pessoal chamava o Santa Tereza de fundos da floresta, era um apelido, pois ainda não tinha constituição de bairro. Eram algumas casas espalhadas ao fundo do bairro Floresta, por isso eu achei muito romântico e muito bonito”, relata Humberto.
Humberto se associou ao seu marido, Marcio Odier, que ficou responsável pela cozinha, já que tinha habilidades culinárias. As ideias dos pratos remetem ao período medieval. Na época, ao montar um banquete, não havia o conceito de entrada, prato principal e sobremesa, isso passou a sobressair em um período mais moderno, com a culinária francesa. Antes, a comida era um misto entre doce e salgada nas mesas, e as pessoas se serviam. “Assistimos a programas gastronômicos e fomos elaborando os dois carros-chefes da casa, o Feitiço da Lua e o Doce Veneno. Ambos são pratos que fazem essa mistura”. A cada prato que os empreendedores montavam, convidavam os amigos para degustar e opinar, assim os pratos foram surgindo em um ambiente familiar.
Os nomes das iguarias surgiam na medida em que os pratos eram elaborados, Humberto e Marcio buscavam, no vocabulário do bruxismo, termos que coincidiam com aquilo que estavam criando. Um exemplo é o prato Doce Veneno, um nome que remete à poção mágica, que traz na receita a combinação de uma costelinha de porco assada no suco de laranja e depois cozida no molho agridoce (açúcar mascavo e vinagre), servido com a mandioca refogada na manteiga de garrafa. O bar iniciou pequeno, ao fundo da casa de Humberto, e com o crescimento da clientela, se mudou e passou a usar partes da casa, tornando-se um ambiente dividido e, em cada área, há uma decoração específica.
Na entrada do bar tem o convém das bruxas, um ambiente decorado com bruxinhas e a madrasta da Branca de Neve. Já na parte de cima, ao fundo, o ambiente conta com uma fonte no formato de fada. “Nós pintamos essa fada de cor morena, com a pele bem miscigenada, bem brasileira, para diferir das fadas europeias, batizada de Narizinho em homenagem ao Sítio do Pica-Pau Amarelo.” O local é chamado Reino das Águas Claras. Na área principal, embaixo das escadas, está esculpida uma floresta encantada, a parede do ambiente ao lado está decorado com temas dos contos de fadas. Com 12 anos no mercado, o estabelecimento conta com rock and roll ao vivo e, por conta da temática, são tocadas no fundo, músicas celtas. O funcionamento é sexta e sábado, a partir das 19 horas.
Calma sô, que lá vem mais uma leva de lugares para apreciar em BH. Voltando para a Savassi, encontramos, na rua Antônio de Albuquerque, o Café com Letras e a Livraria de Rua, ambos estabelecimentos trazem um ambiente recheado de livros, jazz ao vivo, comidas deliciosas, drinks e, claro, diferentes categorias de café. Além disso, a capital mineira tem bar para todos os estilos, por isso, se você gosta de algo mais punk, apresento o Santeria Bar, que traz, em sua temática e cardápio, elementos influenciados pelos mexicanos. Sua decoração é inspirada no candomblé, com caveiras e santos espalhados pelas paredes. Essa influência também é visível no nome de pratos, como o carro-chefe O Ebó de Frango, e os drinks Vodoo e Mula Mexicana. O bar está rua Fernandes Tourinho, também na Savassi.
Se essa não é sua praia, na mesma rua do Santeria encontra-se o Redentor Bar, uma união inusitada entre a cultura carioca e o espírito mineiro. A combinação não fica apenas nas paredes da casa, pois o cardápio também traduz a mistura entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O estabelecimento serve diversas alternativas de chopps e drinks temáticos para acompanhar os pratos e petiscos sugeridos no menu. Além da boa comida, o ambiente traz músicas ao vivo, como bossa nova, samba e bossa jazz.
E assim fechamos o tour temático da capital mineira, pois não importa o nome, bar, boteco, bitaca, bodega, pub, o certo é que o “butiquim” marca presença na agenda dos belorizontinos, seja dia ou noite, o que não falta é opção para curtir.